terça-feira, 17 de agosto de 2010

Memórias (apenas) Visuais

Montagem dentro da exposição itinerante Geografias Imaginárias.

Fotografias de um mesmo lugar em épocas diferenciadas são descobertas a partir do movimento da silhueta do participante. Memórias (apenas) Visuais traz um diálogo sobre os antigos casarões e fábricas, símbolos da modernidade de uma outra época, que foram demolidos para dar lugar a uma nova arquitetura urbana, mais rápida, reta e fria.
O objetivo não é resgatar e manter o passado intocado, é mostrar como se dá a construção e mudança do espaço urbano e como ele é ocupado de formas diferenciadas de acordo com a necessidade de modernização. Essa descoberta é feita através da projeção de duas fotos sobrepostas de um mesmo lugar em épocas diferentes. Ao passar em frente à projeção, a silhueta do participante é desenhada na tela e revela a imagem que estava encoberta.
De tempos em tempos haverá a substituição das fotos, possibilitando um aumento no raio de percepção do público. Um exemplo de fotografias a serem usadas é a transformação de um casarão do início do século XX em sua nova ocupação: um estacionamento.



agradecimentos(mais que)especiais:

Rafaella Pereira de Lima
Alberto Cezar de Caravlho
Cesar Piva
Geografias Imaginárias
Fábrica do Futuro


mais vídeos em:
vimeo.com

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Pensamentos

O objetivo da instalação é inserir pensamentos aleatórios na cabeça de quem se aproximar. E isso é feito literalmente pelo reconhecimento do rosto das pessoas e a inserção de balões de pensamento, como os de revistas em quadrinhos, em cada um dos visitantes. Os balões são aleatórios e seu tamanho é proporcional à localização, distância e tamanho da pessoa.

Espelho

Um espelho onde tudo é refletido com alguns instantes de atraso.
A sensação de estranhamento é agravada pois, metade da imagem é refletida em tempo real.

Para a contemplação da arte é – e sempre foi – necessário um tempo diferenciado, um tempo de imersão que nem sempre está atrelado ao tempo real. A música por exemplo tem a capacidade de possuir dois tempos diversos, um que é o tempo “real”, marcado pelo contador de segundos e outro que é o tempo dilatado criado pela dinâmica da música, o qual gera sensações diferentes de passagens do tempo.

Atualmente, onde o tempo parece cada vez mais acelerado, essa discussão é muito pertinente à arte, e a videoarte parece ser a expressão mais à frente dessas discussões, até mesmo pelo seu caráter linear de se apresentar, o que os artistas podem explorar e/ou transgredir.

O objetivo é colocar em questão a noção contemporânea de tempo através da criação de um tempo diferenciado e criar uma sensação de estranhamento no embate de dois tempos diferentes que se apresentam no mesmo instante.